No dia Internacional da Família, 15 de maio, fizemos na nossa sala de aula uma homenagem aos avós da nossa turma. Previamente convidámos todos os nossos avós a virem à nossa sala de aula e a aceitarem o desafio de trazerem com eles algumas das suas memórias e dos sabores que guardam da sua infância. Enquanto isso, nós preparámos um bonito texto, sobre eles, para que os pudéssemos apresentar.
Eles responderam positivamente ao convite. E, para nosso contentamento, nesse dia, proporcionaram-nos momentos inesquecíveis!
Lembraram o tempo em que iam para a escola descalços, em que escreviam numa lousa, com uma pena de pedra, ou no seu caderno diário a caneta de tinta permanente cujo o bico iam molhando no tinteiro da sua carteira... Como se tudo isto não bastasse o avô Manuel Diogo trouxe-nos tudo isto em miniatura e a avóMaria de Lurdes trouxe-nos até a sua pasta e o seu livro de quando andava na 2ªclasse.
Também o avô Virgílio Miranda nos presenteou com um livro que data, possivelmente, do século XIX quando ainda se escrevia "sahir" (sair); "aproveital-a" (aproveita-la); "animales" (animais); "paes" (pais) .... e tanta outras palavras que sofreram a evolução própria da língua ao longo dos tempos. O que nos ajudou a perceber melhor porque é que mais uma vez aconteceu um novo acordo ortográfico.
Foi bonito perceber a alegria de cada um deles ao partilharem recordações que tiveram de ir procurar, em casa, e rebuscar nas "velhas memórias" guardadas no tempo. Falaram-nos da sua experiência de vida, de como consideram "a educação a parte franca da vida" e do grande amor que sentem por cada um dos seus netos.
Amor, esse, que de vez em quando transbordou nos olhos, tanto dos avós como dos netos durante este encontro deveras emocionante.
Eis-los aqui a transbordar de amor e de alegria!
E como o avô Diogo disse : "Professora, não pense nem diga que este tempo foi tempo perdido e roubado à escola. Porque este tempo foi precioso para cada um destes alunos, ajudou-os a crescer e são momentos que não vão esquecer!..."
- Tem toda a razão Avô Diogo! Tenho a certeza que assim é! Obrigada!